Dicas de quem passou pelas demissões em massa na pele.
A onda de demissões em massa chegou por aqui também. Não estava em uma empresa grande, com centenas de demissões de uma vez. Mas a startup da qual eu trabalhava concluiu o seu projeto, o produto foi colocado à venda, a equipe foi dissolvida e cá estamos a procura de uma oportunidade.
Como tem sido esses dias e como posso te ajudar com a minha experiência?
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Entendendo o contexto
É normal se perguntar “por que eu?”. A notícia da demissão pegou todo mundo de surpresa, principalmente aqueles que não fizeram reserva de emergência. Mas quais são as fraquezas do mercado e da empresa que levaram a essa tomada de decisão drástica? É interessante ver de fora para tentar entender.
No meu caso, eu me questionei quais foram os pontos de falha da equipe e do produto para aderência ter sido abaixo do esperado. Reavaliei os testes de usabilidade, as entrevistas com os usuários e por fim a landing page criada por uma agência de marketing e resolvi elaborar um relatório de análise crítica e entregar para a chefia. Acredito que serviu para a empresa, mas serviu para mim também. Tive a oportunidade de ter duas visões, de fora e de dentro do produto, e captar onde a estratégia não foi bem sucedida.
Não é um processo tão doloroso quanto se pensa. Serve como experiência e também para prevenir os erros da próxima equipe de trabalho.
Recalculando a rota
É o momento de saber o que fazer enquanto a nova vaga não chega.
Dei uma nova olhada no portfólio antes de atualizar, o que poderia retirar e o que poderia manter. Percebi que o case de estudos do desafio de UX Writing é um dos cases que os recrutadores mais comentam na entrevista, então resolvi continuá-lo e fazer novas telas. Mas antes de atualizar esse case, peguei toda a minha documentação de trabalho e dela consegui gerar três cases reais do meu trabalho ao longo do ano. Postei no LinkedIn um dos cases e coloquei nos destaques, de modo que o recrutador que visitar o meu perfil verá uma demonstração do meu trabalho.
Com o portfólio e o currículo atualizados, parti para a busca das vagas e do retorno aos estudos. Como ainda sou júnior, a melhor fonte de busca para mim tem sido o VagasUX, além do LinkedIn.
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Planejando os estudos em UX/UI
Coloquei no papel o que aprendi nesse primeiro ano como UX/UI designer e o que falta aprofundar. Na startup que trabalhava, eu era uma espécie de “euquipe” de designer, a única no time. Como estou generalista, e no momento quero continuar generalista, aprendi de tudo um pouco. A partir dessa amplitude de conhecimento, resolvi separar os próximos passos que quero estudar.
Os últimos cursos que fiz foram de HTML e CSS para melhorar a minha comunicação com os front ends. Antes, aprendi um pouco de acessibilidade e de UX writing. A partir disso, resolvi que os próximos cursos podem se concentrar em UX Research para aprimorar os métodos de pesquisa, focando em análise quantitativa de dados. Depois do UX Research, tenho planejado estudar mais um pouco de Figma, mantendo assim o equilíbrio de conhecimento generalista.
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Aprimorando o inglês e outros idiomas
Eu já tinha feito um teste para saber o meu nível de inglês pela EF e obtido o certificado. Com o meu nível de inglês, fiz um planejamento para melhorar a conversação e a escrita, bem como a gramática. A ideia é estudar todos os dias, pelo menos alguns minutos por dia.
É do meu interesse aprender espanhol e coreano, então esses dois idiomas entram no planejamento. No momento, estou estudando os dois idiomas pelo aplicativo LingoDeer.
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Melhorei o meu perfil, colocando como subtítulos os cargos que posso assumir: Product Designer | UX/UI designer | UX designer | UI designer. Assim facilito a busca dos recrutadores. Se eu colocasse “em busca de uma nova oportunidade” eu dificultaria o meu perfil. Afinal, um recrutador busca pelo cargo e não por termos longos assim.
Atualizei os certificados dos cursos que fiz até então, as competências e troquei recomendações profissionais com uma amiga. A bio ainda é uma saga, mas estou trabalhando no que falar sobre mim.
Interagir no LinkedIn é importante, então estou sempre conversando com alguém por lá.
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Descansando (ou tentando)
É claro que os vários “nãos”, os vácuos e as notícias de mais demissões em massa são preocupantes e, somando com a indecisão sobre o futuro, há uma montanha-russa de emoções. Mas não podemos desanimar. O desânimo pode ser o reflexo de uma mente cansada, então descansar é importante. Listei abaixo algumas formas de descanso, incluindo descanso ativo:
- Dormir e acordar no mesmo horário
- Tirar um tempo do dia para ler um livro fora da área profissional (no momento da composição deste texto, eu estou lendo O Hobbit)
- Assistir a filmes e séries
- Cozinhar
- Fazer exercício físico
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Finalizando
Claro que o cenário atual contribui 100% para ansiedade, mas melhorar os hábitos e persistir na carreira são o feijão com arroz para conquistar uma vaga no mercado novamente. Força aí!
Fonte: Ux Design