O carnaval está chegando e o clima festivo já abraça o Distrito Federal. No entanto, em 2023, o número de blocos de carnaval cadastrados pelo GDF diminuiu 34,5%, em comparação ao último carnaval, antes da pandemia de Covid-19, em 2020.
De acordo com a Secretaria de Estado de Cultura e Economia Criativa (Secec), 118 bloquinhos sairão às ruas (veja mais abaixo). Em 2020, foram 180 blocos.
Alguns blocos tradicionais, que fizeram a história do carnaval de Brasília estão entre os que encerraram as atividades e não farão parte da festa neste ano.
Quem não sai em 2023?
Babydoll de Nylon
Criado em 2011, o Bloco Babydoll de Nylon foi um dos maiores do Carnaval de Rua de Brasília. O bloco faz homenagem ao guitarrista Robertinho de Recife, que lançou em 1983 a música “Babydoll de Nylon”.
O bloco veio quase 30 anos após a canção, com a intenção de promover uma “festa digna de carnaval” para os foliões brasilienses. A fantasia recomendada para curtir o bloco não poderia ser outra: pijamas, camisolas e babydoll.
No entanto, em 2019 a organização do bloco anunciou que não sairia mais às ruas, e que aquele seria o último ano do Bloco Babydoll de Nylon.
Tuthankasmona
O bloco feminista e LGBTQIA+ Tuthankasmona foi criado em 2015 para celebrar a diversidade, com espaço para todos os tipos de amor, “pregando o respeito acima de tudo”, dizem o fundadores.
No entanto, apesar do sucesso, o bloco mais purpurinado da capital não vai voltar. Ele saiu nas ruas de Brasília pela última vez no carnaval de 2019.
Rejunta Meu Bulcão
O bloco carnavalesco Rejunta Meu Bulcão foi criado em 2013, mas só foi para a rua em 2015. Ele foi criado por brasilienses que viviam no Rio de Janeiro, mas sentiam saudades da terra natal.
O Rejunta Meu Bulcão celebrava a arte de Athos Bulcão, um dos maiores artistas da cidade, e a diversidade no Carnaval de Brasília. O último carnaval do bloco foi em 2020.
Essa Boquinha Eu Já Beijei
O bloco Essa Boquinha Eu Já Beijei foi criado junto com o crescimento do carnaval de rua de Brasília, em 2014. Milhares de foliões se juntaram no bloquinho que celebrava a diversidade ao som de funk, axé retrô e samba.
Este ano, segundo a organização, “Essa Boquinha” resolveu tirar um tempo sabático pós pandêmico. A última apresentação do bloco foi em 27 de agosto de 2022.
Quem sai para a rua neste ano?
Apesar da redução do número de blocos neste ano, a folia da capital continua de pé. Veja alguns blocos que continuam saindo às ruas da cidade em 2023:
Sereia Sem Pé
- Sábado (18), às 21h, na Birosca do Conic (Setor de Diversões Sul)
Idealizado pelas artistas Eli Moura e Karina Cruvinel em 2019, o Sereia Sem Pé rearranja clássicos de artistas femininas internacionais para o ritmo de do carnaval. Rihanna, Beyoncé, Katy Perry e Billie Eilish são algumas das homenageadas.
O bloco mostra a potência artística das mulheres, relacionando questões de igualdade de gênero.
Bloco MamaTa Difícil
- Segunda-feira (20), às 20h, na Infinu Comunidade Criativa (506 Sul)
- Ingresso solidário com doação de 1 kg de alimento não perecível: R$ 40 pelo site do Sympla
A primeira edição do MamaTa Difícil foi em 2020, no Setor Bancário Norte, pouco antes do começo da pandemia de Covid-19, ao lado de artistas como Alice Caymmi. Este ano será o segundo carnaval do bloco.
Fundando em 2019 , ele é considerado um bloco multicultural. Dança, música, circo, música popular cantada, remixada, instrumental, dentre outras manifestações fazem parte da performance da equipe para entreter os foliões.
Neste carnaval, o bloco promete passar uma mensagem de esperança, além da boa música. O MamaTa Difícil tocará hits de sucessos como Apesar de Você, de Chico Buarque, além de outros clássicos da MPB.
Pacotão
- Terça-feira (21), das 13h às 21h, na contramão da W3, na altura da 302 Norte
Conhecido como o bloco de carnaval mais antigo de Brasília, o Pacotão foi criado em 1978, por um grupo de jornalistas. Ele se caracteriza, principalmente, por sua crítica política contra todos os governos.
Fonte: G1