O que faz uma cidade ser criativa? É isso que a consultoria global especializada em economia criativa Creative Class Group (CCG), fundada pelo consultor britânico Richard Florida, responde em seus estudos ao redor do mundo. O intuito dos pesquisadores é criar vínculos com universidades para analisar as tendências econômicas e geográficas de diversas regiões do globo. “Nós ajudamos cidades e marcas a entender como se conectar com a comunidade e como desenvolver estratégias de investimento”, conta Steven Pedigo, diretor de Pesquisa e Cidades do CCG.
No ano passado, a CCG fechou uma parceria com a Faculdade Belas Artes e, desde maio, Steven está realizando, junto com alunos de pós-graduação, um estudo sobre os âmbitos criativos em São Paulo, englobando setores como tecnologia, arquitetura, design e ciência para entender os desafios desse tipo de economia na capital paulista.
De acordo com o diretor, economia criativa vai além das habilidades abstratas como artes e cultura, precisando ser vista como uma forma de gerar oportunidades e empregos para a população, principalmente para as comunidades mais carentes. “Ensinar para as crianças das favelas, por exemplo, desenho gráfico ou administração de projetos, é a melhor forma de colocar mais pessoas dentro da economia criativa”, explica Pedigo, que acredita que o Brasil tem muito espaço para avançar mesmo em tempos de crise. “Uma crise econômica é um dos melhores momentos para inovar, acaba sendo uma oportunidade para experimentar e investir na economia criativa”, diz.
Fonte: VC S/A